sexta-feira, 3 de novembro de 2023

BUSCANDO... PROCURANDO... ENCONTRANDO?


O amanhecer, naquele findar de noite, foi muito aguardado por aquela menina que acreditava ser possível encontrar aquela boneca, tão sonhada, junto aos presentes que esperava receber no dia do seu aniversário. Ela, porém, não estava lá. Que frustração! Que tristeza!

Hoje, são apenas lembranças.

O cenário atual, porém, assemelha-se ao desapontamento daquela época, porém, com nuances mais dramáticas porque, ao que parece, plenas de uma realidade cruel.

Buscamos a paz, a manutenção do diálogo entre os povos, independente de etnia ou credo.

Continuamos buscando, procurando, mas não encontrando.

E o nosso planeta, nossa casa comum, é belo por natureza.

Levantemos os olhos e olhemos para o céu. Lá, veremos um esplêndido azul. Às vezes, plúmbeo, mas não menos majestoso. Assim, ele mostrar-se-á aos olhos de quem se detiver a contemplá-lo. Não importa em qual região do planeta estivermos.

Nossas matas, nossas florestas, nossas cidades devem ser mantidas com iguais cuidados.

Com tantos conflitos, guerras e destruição teremos algum futuro promissor?

O futuro constrói-se no presente e este está sendo vilipendiado constantemente.

Será que a humanidade conseguirá acordar-se a tempo de ainda deliciar-se com um pôr de sol ou com um céu azul, bordado de estrelas?

Aquela boneca, que não estava lá, ficou na lembrança.

Agora, a paz tão desejada, talvez, nem seja lembrada, pois milhões não viverão para lembrar, se acaso ela chegar algum dia.

Torçamos para que o desfecho não tarde e que consigamos desfrutá-la.

Só assim, encontraremos razão para nos identificarmos como humanos, pois seres feitos à imagem e semelhança DELE.















terça-feira, 3 de outubro de 2023

COMPANHEIROS DIÁRIOS?


Lurdinha, na companhia do avô, passeava pela vila onde residia.

Eram outros tempos...

Visitavam o armazém onde encontravam vários conhecidos de longa data.

A conversa sempre trazia alguma estória de parceria que, ainda mais, os unia.

A jovem ia recolhendo visões de eventos que não assistira. Portanto, eram registros que ficariam em sua memória para sempre.

O contato direto com outro ser humano era sempre proveitoso e agradável.

Afinal, nossa origem humana nos aproximava e, muitas vezes, nos assemelhavam em manias, superstições, datas festivas e um cotidiano sem muitas surpresas.

Tudo muito previsível e comum a todos os dessa época.

A tranquilidade era um traço que os unia no viver diário.

As casas construídas eram protegidas por cercas ou muros, dispensando-se alarmes ou qualquer outro sistema de proteção.

Nos quintais, alguns animais eram cercados em espaços apropriados para o seu desenvolvimento.

Os cães de guarda eram mantidos soltos pelo pátio. Estavam ali para, se necessário, afugentar algum intruso.

Não saíam para passear com seus donos. Seus donos passeavam com seres iguais a si, humanos.

As notícias, veiculadas à época, vinham pelos jornais, rádios e no convívio diário com outros seres humanos.

A diferença, hoje, é flagrante nos companheiros que desfrutam o convívio, pelas ruas, com os humanos.

Temos os animais que, pela coleira, passeiam com seus donos.

São seres vivos, porém não humanos. Não dialogam. Não trocam ideias.

Provavelmente, acrescentam a esses seres humanos uma companhia. O que é, até certo ponto, elogiável.

Agora, pior ainda é aquela tela que persiste em ser constante até em caminhadas.

A paisagem, árvores existentes pelas ruas, o cantar dos passarinhos nem são observados, pois o importante é seguir as imagens das telas e as frequentes Fake News.

Talvez, este estágio não retroceda.

Não retrocedendo, o nosso cotidiano transformar-se-á em algo melhor?

Só o tempo dirá.

Uma conscientização desses comportamentos, talvez, surja quando as pessoas começarem a sentir os efeitos desastrosos, através de sensações negativas, da falta de contato constante e presente com outros seres humanos.

Aguardemos...

O fato é que estes peludos companheiros são, atualmente, muito bem-vindos junto a pessoas solitárias, bem como amigos muito queridos por casais que os tratam quase como filhos. São amigos e não mais apenas animais.

Ah! Quanto às telas...

Nem tudo está perdido.

Pega teu celular e coloca O Melhor de Tom Jobim e descobrirás 20 belíssimas músicas. Todas cantadas por Tom Jobim. Um belo presente que poderá te acompanhar a qualquer momento que desejares. Menos, durante a caminhada. Ficarás tão envolvido pelas belas letras, que os obstáculos das calçadas poderão ocasionar uma queda.

Reserva um momento adequado para ouvir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

IMPRESSIONANTE!


Multidões!
 
A chuva não tem sido empecilho para que elas estejam presentes. As capas de chuva têm feito parte do cenário dos estádios.

Os custos de deslocamento e os valores dos ingressos têm sido absorvidos, embora digam que os tempos estão difíceis, que há falta de dinheiro.

Esta falta seria para as coisas básicas?

A alimentação é algo básico na vida de qualquer um.

Aqui, cabe ressaltar que o importante é sentir-se bem fisicamente.

Mas mais importante é sentir-se animado, com esperança de sentir-se vencedor.

Isso é o que anima milhares de pessoas.

Diante desta constatação, conclui-se que estar presente aos jogos do time do coração é o que importa.

Torcer, gritar, cantar refrãos, agitar bandeiras é o que buscam esses contumazes torcedores.

Que o psicológico seja alimentado por muita energia junto aos companheiros de time, sempre em busca do êxito após 90 minutos.

Sendo exitosa ou não a disputa, vale o extravasar das emoções.

A esperança é o que move estes milhares de torcedores.

Talvez, o cotidiano individual não ofereça esta possibilidade no momento.

As emoções são por demais importantes no viver humano.

O contato entre os seres humanos é importantíssimo na medida em que oferece possibilidades de intercâmbio de ideias.

Num trabalho formal, nem sempre é possível. E sempre haverá a disputa, mesmo velada, junto ao patrão.

Nos estádios, junto aos seus parceiros, a disputa torna-se visível aos torcedores opostos.

E é possível externar “aos gritos” o que desejamos a eles, sem qualquer dificuldade.

Claro, desde que não partamos para as agressões físicas.

Os estádios, portanto, são redutos livres para as manifestações, desde que pacíficas.

Será que, nesses momentos, as telas poderão ser esquecidas?

A dos celulares, é claro.

Essas telas têm nos proporcionado muitas informações, nem todas verdadeiras, e tristezas.

Ser vencedor, no momento, através de uma tela não é fácil.

Ser partícipe, porém, da energia que emana do grupo de torcedores, é gratificante e promissor de que a esperança de vitória se confirme.

Se não houver confirmação, ela, “a esperança”, será a última a sucumbir. E, diante do quadro de resultados apresentados pelos times, ela permanecerá para sempre, pois é quem alimenta o nosso cotidiano.







domingo, 27 de agosto de 2023

AINDA EM BUSCA...


Não são centenas. São milhares.

Em meio a tantos problemas, tantas carências, tantas cenas de agressão, há milhares de pessoas que comparecem aos estádios de futebol para lá buscarem a realização daquele sonho de ser um vencedor.

Afinal, a esperança de sentir-se vencedor é sempre o desejo de todo o ser humano.

Talvez, o importante desse sentimento seja voltar-se ao seu interior e lá buscar as respostas ao seu desejo de sentir-se vencedor.

Nesta constatação, cabe ressaltar a importância da figura do psicólogo, profissional capaz de dar o devido acompanhamento neste processo de identificação de carências e possíveis alternativas para a solução desses problemas.

Hoje, Dia do Psicólogo, devemos reverenciar este profissional que tem como missão auxiliar seus pacientes a fazerem uma imersão em seu interior para, a partir dela, trazerem à tona, pela palavra, o relato de quais sentimentos os afligem.

Nada é melhor do que falar para que os problemas, as dúvidas, os receios e os medos sejam ouvidos.

É um atendimento que requer paciência e um tempo considerável para encontrar as soluções possíveis para o retorno do equilíbrio emocional.

Daí, com certeza, a busca cessará, pois a resposta terá sido encontrada no “eu interior”.

A quem não é psicólogo cabe apenas aplaudir estes profissionais pelo importante trabalho no atendimento aos que os procuram.








sexta-feira, 25 de agosto de 2023

TEMPOS IMPREVISÍVEIS?


Talvez!

Observando-se, atentamente, o que já vem sendo relatado pelos habitantes do planeta e o que os cientistas, já a algum tempo, previram frente aos estudos por eles elaborados, o imprevisível já não é mais uma afirmação correta.

As mudanças climáticas tornaram-se frequentes e inesperadas para nós, habitantes desse planeta.

Por outro lado, parece que alguns possíveis flagelos, a que estaríamos expostos, não são suficientes para que se adotem medidas de preservação do meio ambiente.

Impressiona, de igual forma, as posturas de beligerância frente a quaisquer divergências de opinião.

Agora, credo, raça, capacidade econômica e cultura acadêmica são apenas diferenciais pessoais, pois, diante de uma partida de futebol, por algum campeonato, multidões de torcedores comparecem aos campos de futebol.

A busca pelo extravasamento das emoções encontra nas torcidas momentos de descontração e convívio.

Claro que, atualmente, até nos estádios de futebol a agressividade tem se tornado mais frequente.

Para quem vai divertir-se torcendo pelo seu time, estes encontros são momentos de descontração. Perdendo ou ganhando, não importa.

Saber partícipe de um momento de competição em que suas energias estão todas voltadas para a disputa e o possível êxito, já é um sentir-se vitorioso.

Se vier a frustração da derrota, esta nova energia negativa colocará por terra aquelas que lá existiam, de algum dissabor anterior.

Dessa forma, a energia da esperança de um novo encontro futebolístico, será uma recompensa que acompanhará este torcedor pelos dias subsequentes.

Afinal, nosso cotidiano necessita desse alimento que é a esperança.

O imprevisível, aqui, continuará a existir.

Jogadores lesionados e afastados darão um caráter imprevisível aos jogos que se sucederem. Ou até as chances de golo desperdiçadas, servirão a uma possível existência da imprevisibilidade.

A imprevisibilidade, portanto, é relativa. Quando, porém, todos os dados disponíveis afastam-na, há que se atentar e mover todos os esforços para direcionar novas atitudes de preservação do meio ambiente do nosso planeta.










quinta-feira, 10 de agosto de 2023

IMAGENS DE SUPERAÇÃO


Sem citar nomes, países representantes ou modalidades de competição, o que permanece são as imagens de superação.


Os Jogos Paralímpicos de 2023, que acontecem em Manchester, na Inglaterra, são a prova incontestável do que o ser humano é capaz.

As deficiências, de que são portadores os atletas que competiram, não foram obstáculos para que mostrassem suas habilidades e competências frente aos desafios.

Sob os olhares e os aplausos de plateias presentes às competições, os atletas demonstraram vigor e uma visível alegria.

Estavam ali porque confiantes em suas capacidades.

Servem de exemplo a todos que portam deficiências e, principalmente, são um exemplo a tantos outros que, não sendo portadores de deficiências, nada fazem para superar dificuldades em seu cotidiano.

Vê-los competirem é comovente, porque traçamos comparações com tantas outras pessoas capazes, física e mentalmente, que não buscam superação e nem a própria realização pessoal.

Assistir estas competições é ter a certeza de que o ser humano, embora deficiente, pode atingir a glória pessoal, elevando o nome do seu país ao pódio de vencedor. Aplausos a estes atletas, masculinos e femininos, que confirmam a força do ser humano na superação de desafios.







segunda-feira, 31 de julho de 2023

UMA PAIXÃO QUE PERMANECE


O olhar busca encontrar um céu sem nuvens. Elas, porém, estão lá. São muitas a encobrir um tão desejado céu azul.

Com certeza, isso não será empecilho para que os estádios não sejam tomados por milhares de torcedores.

As crises, as insatisfações, os desajustes não são motivos para abandonar o ímpeto de lá comparecerem.

Todas as emoções represadas aguardam estes momentos de competição, de desafios frente aos adversários, para se realimentarem e, embora por vezes perdedores, voltarem aos lares mais descontraídos. O convívio com os amigos e familiares torna-se menos tenso, pois todos encontraram naqueles momentos uma sensação de pertencimento ao grupo e de alegria pela convivência buscando o mesmo fim. Vencer é o objetivo. Mesmo não vencendo, permanece o sentimento de união que os mantém juntos por algumas horas.

Os aspectos positivos desses encontros são visíveis.

Agora, atualmente, em função do alto grau de agressividade que tem surgido entre os indivíduos, os confrontos entre torcedores rivais, dentro e fora dos estádios, têm se tornado corriqueiros.

Não há mais certeza de que um torcedor possa não sair ferido depois de uma partida de futebol.

Que tempos difíceis e incertos!

A paixão do brasileiro pelo futebol está enfrentando momentos desafiadores. Pelo menos, em território nacional.

Tudo isso, porém, não impede que os milhares de torcedores deixem de comparecerem aos estádios. Com sol ou com chuva, com gramados bem cuidados ou não, o cântico que impulsiona os jogadores está lá presente.

Há que se ressaltar que nunca se tocou tanto o Hino Nacional Brasileiro.

A cada competição, nos diversos campeonatos nacionais, o hino está presente. Esta é uma manifestação que reforça o amor à Pátria.

Mas não tem sido suficiente para um convívio harmonioso dentro de campo. Tampouco, fora do campo.

O aspecto positivo desses jogos seria a possibilidade de o torcedor esquecer das mazelas que o cotidiano tem propiciado e fazer renascer pelo seu clube sentimentos de apoio e incentivo.

Deveriam ser momentos de descontração com a exteriorização através de bandeiras representativas dos clubes, bem como do cantar de músicas cujas letras se somariam em prol de um bom desempenho do “clube do coração”.

O que se espera e deseja é que o nosso futebol continue sendo um esporte reconhecido pelo valor que possui e pela capacidade de movimentar multidões que buscam, pelas emoções, extravasar suas energias, embora inconscientemente.

É o que, talvez, não se apercebam, mas que faz toda a diferença no viver cotidiano que anda tão difícil.

Para tanta dificuldade, curtir momentos de descontração é o que mais se deseja por ora.

O ganhar ou perder é pura consequência. O que importa é participar, ganhando ou perdendo.

Isso é o que se percebe quando se observa as multidões que acorrem, reiteradamente, às partidas.

Portanto, ganhando ou perdendo, este fascínio pelo futebol permanece. E, sem dúvida, é um excelente antídoto contra tantas mazelas que se sucedem cotidianamente.