sábado, 15 de junho de 2024

ESTÁ DIFÍCIL!


Nunca foi tão difícil.

Se pendemos para um lado, somos execrados por muitos.

Se pendemos para o outro lado, somos, igualmente, odiados por outros tantos.

A empatia e a compreensão foram-se água abaixo.

E isto não tem nada a ver com a catástrofe climática de chuvas contínuas que aconteceram no nosso Rio Grande do Sul.

Hoje em dia, parece que o mais importante é contrapor e fazer valer uma resposta que derrube a opinião contrária.

Foi-se o respeito às manifestações que não coincidam com as nossas.

Aonde vamos parar?

Acreditávamos que éramos seres evoluídos. Isto parece estar sendo colocado à prova continuamente.

Estamos desrespeitando os demais seres com os quais convivemos diariamente.

Quando em uma praça pública, pessoas levam, sem guia, seus cachorros e os soltam, embora o aviso, colocado na entrada da praça, diga que é proibido, o que mais fazer? E que, inclusive, haverá uma multa pelo descumprimento?

Não há, porém, fiscalização alguma.

E quando uma senhora, que gostaria de usufruir desta praça, pergunta a um senhor o que ele acha se, acaso ela seja mordida por um dos cães. Recebe a seguinte resposta:

- A senhora é a responsável.

Isto é inacreditável!

Parece que o ser humano está involuindo.

Acredita-se, porém, que as condições climáticas têm feito o ser humano repensar sua responsabilidade com o Planeta e, por consequência, com os demais seres humanos que o habitam.

Afinal, a evolução tecnológica tem que servir para melhorar as condições de vida no Planeta.

Ao que parece isso não tem ocorrido.

Aqueles seres humanos, desprovidos de caráter, têm usado a tecnologia para enganar o próximo.

Parece que os limites foram esquecidos. E, quando ultrapassados, não há punição.

Apesar, porém, dessas constatações acredita-se possível uma retomada de valores que dignifiquem os seres humanos, pois a eles pertence o Planeta, onde devem coexistir em paz e respeito mútuos.

É urgente uma conscientização dos habitantes deste Planeta acerca das condições que estão impondo ao lar em que residem.

Hoje, aquela menininha de outrora lembra de sua casa e a compara com esta outra que abriga a todos nós, humanos.

E, eis que surge o poema que segue.

 



 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 27 de maio de 2024

ESPERANÇA


São milhares!

Com chuva ou sem chuva.

Problemas existirão?

Com certeza, devem existir.

Então, o que buscam? A Psicologia deve explicar.

Para quem assiste, pela televisão, e procura um motivo para tanta empolgação e participação, acredita que a busca é válida, pois os tempos estão a exigir momentos de extravasamento das emoções acumuladas.

As partidas de futebol, assistidas nos campos, são uma forma de sentir-se vivo, partícipe e, possivelmente, um vencedor.

Se assim não acontecer, vale a tentativa e o encontro com os amigos.

A amizade, atualmente, é um braço acolhedor diante de tantas incertezas, desmandos e injustiças.

Momentos extremamente difíceis que, acumulados, trazem prejuízos à saúde física e mental.

A imprevisibilidade instalou-se de forma preocupante.

Ao que parece todas as medidas necessárias com relação à natureza têm sido postergadas.

Até quando?

Aos governantes compete fazerem previsões e tomada de atitudes que evitem catástrofes.

Mesmo naqueles outros Estados, em que as chuvas não existiram, persistem problemas de ordem econômica relevantes.

Mesmo com tantos problemas é compreensível a busca pelo encontro com os amigos e por sentir-se partícipe como torcedor do clube pelo qual torce.

Momentos de descontração são necessários para que o cotidiano seja enfrentado com mais leveza.

Aplausos a quem consegue superar tantos problemas.

Que os campos de futebol continuem sendo um “remédio” saudável para a manutenção de uma perspectiva melhor para o cotidiano que segue.

Agora, não esqueçamos que, também nos estádios, a agressão entre torcedores permanece.

O que é lamentável!

Acredita-se, porém, que estes episódios tendem a diminuir com a melhora das condições do viver cotidiano.

Aguardemos, nós do Rio Grande do Sul, com ESPERANÇA! 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 29 de abril de 2024

QUE TEMPOS!

Domingos e feriados? Nem pensar.

Sábados? Talvez.

Durante os cinco dias úteis? Com muito cuidado.

Esta é a realidade atual.

Que saudades da vila onde aquela menina morava!

Ia a pé, sozinha, até a escola não tão próxima.

Isso já faz um bom tempo!

Não tanto tempo faz, porém, que ia assistir, com a mãe idosa, a um show no Gigantinho.

Voltavam já tarde, caminhando pelas ruas próximas até a residência.

QUE SAUDADES!

A beleza da lua, que as acompanhava, era vista como um presente do céu.

Esta foi uma época em que eram vistas como seres humanos, não necessitando de códigos e números para adentrarem em suas residências.

Sentir o ar puro do entardecer, caminhando pelas ruas do bairro. Sequer pensava-se em atentar a quem se aproximava.

Éramos felizes e não sabíamos.

A jovem de ontem, despreocupada com o seu entorno, cedeu lugar a uma mulher constantemente atenta a quem se aproxima.

Será que a lua perdeu seu encanto quando esta mulher a vê no retorno de uma caminhada?

Não, seu encanto permanece. Vê-la, porém, é bem mais seguro da janela de sua casa?

Não. Melhor mesmo é que seja da janela de um apartamento com porteiro 24 horas.

E as luzes que iluminam a noite não parecem amedrontar quem se esgueira pelas ruas com o propósito de promover atos de invasão a áreas privadas.

Com certeza, não mais existirão casais que, sob o luar, trocarão juras de amor.

Aliás, a própria lua deve andar triste, pois não é mais fonte de inspiração para tais juras de amor.

Talvez, ainda, a lua seja inspiração para algum poeta.

Quem sabe um poema, escrito pelo ser amado, seja ainda bem recebido por aquela que o aguarda sob a luz do luar.

 


 

 

 

 

quarta-feira, 10 de abril de 2024

FINALMENTE!

 

Depois de anos da inexistência de participação do sexo feminino em posições tradicionalmente masculinas, observa-se, hoje, a atuação constante e louvável da mulher em vários setores antes impensáveis.

Na área dos esportes e, em especial, no futebol observa-se a ascensão da mulher.

Temos árbitras, cronistas, narradoras, debatedoras e importantes jogadoras em clubes tradicionais de 1ª Divisão, com seus times femininos, como também nas categorias Sub 17 e Sub 20.

O que chama bastante a atenção são as debatedoras que, nos programas esportivos, demonstram um conhecimento amplo da matéria.

Infelizmente, a violência nos estádios e fora deles está aumentando.

Os lamentáveis casos de agressões estão multiplicando-se a cada dia.

Isto é um saldo negativo a cada ocorrência que se observa.

É um prejuízo ao esporte mais tradicional do Brasil.

Atos ofensivos a determinadas raças e quaisquer outros que gerem agressão são deploráveis e lastimáveis.

É uma lástima que, justamente nesta fase de tanta agressão, as jogadoras estejam enfrentando estes momentos deploráveis que tem atingido nosso esporte mais popular e querido do país.

Para essas lutadoras, nossos aplausos e os versos que seguem.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 25 de março de 2024

HAJA ESPERANÇA!


O céu azul tornou-se plúmbeo. A chuva parece aproximar-se. Agora, já os pingos descem das alturas. Fazer o quê?

As capas de chuva juntam-se a alguns pertences dentro de sacolas.

Isto, porém, não é empecilho, nem obstáculo que tire a vontade de comparecerem aos estádios de futebol deste país.

Esta paixão repousa em uma necessidade interna de extravasar as emoções retidas por tantos episódios nefastos que acompanham os seres que vivem neste Planeta.

E esta é uma observação que se pode fazer em inúmeros países pelo mundo afora.

Todos, em maior ou menor grau, estão passando por transformações que os tem deixado menos seguros em todos os aspectos.

Embora cada torcedor exerça alguma atividade laboral, ou seja um cidadão aposentado, todos, sem exceção, estão, na atualidade, sob riscos de algum tipo.

Acredito que a forma encontrada para aliviar tantas tensões seja extravasá-las através de momentos em que, junto a amigos, torcem, gritam com a possibilidade de saírem vencedores daqueles embates futebolísticos.

Se assim não acontecer, voltarão aos seus lares com a esperança de que, da próxima vez, isso poderá ser uma realidade.

E a esperança é que torna nosso cotidiano mais ameno e a nossa percepção do mundo mais otimista.

Agora, quando não conseguimos senti-la, diante do quadro político que enfrentamos, o cotidiano tem que ser recheado de muito esporte.

Ele é que nos sustenta psicologicamente, tornando nosso dia a dia menos frustrante e mais esperançoso.

Nossos aplausos a todas as modalidades esportivas, pois possibilitam nos mantermos resguardados daquela descrença que se tem feito presente no nosso cotidiano político.

Ah! Que a nossa Educação, nossa Cultura e nossos Professores voltem a ocupar aquela posição que torna um país relevante em todos os sentidos.

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

TEMPOS VENTOSOS

Quanta ventania!

Um tempo que, permanecendo na lembrança, guarda a importância de uma ventania.

Mesmo que tenha existido em sonho.

E o poema, que segue, é a prova de que ela existiu e cumpriu seu papel.

 


domingo, 14 de janeiro de 2024

NA JANELA...



Basta o sol aparecer e iluminar aquela janela sempre aberta, embora protegida por uma tela, que ele aparece deitado sobre o parapeito.

É quentinho, seguro e fica no 2º andar de um edifício em frente ao daquela senhora que o observa, todas as manhãs, e fica feliz em ver aquele gatinho.

Suas necessidades, ao que parece, estão satisfeitas.

Quanta diferença entre os seres vivos presentes no nosso cotidiano.

Quanto mais capacidade cognitiva, mais exigências. Somos seres superiores.

Isso nos capacita, mas, também, nos aprisiona.

Temos necessidades e exigências que, embora presentes, nem sempre conseguimos satisfazê-las.

Não é suficiente ficarmos debruçados em nossa janela.

Se ainda trabalhamos, temos que sair à luta diária com segurança.

Se não mais, temos que ter segurança para caminharmos pelo bairro onde moramos.

O nosso cotidiano deve ser de pura interação com nossos semelhantes. E para isto precisamos de SEGURANÇA.

Ah! E, no final do dia, o tal gatinho retorna à janela para desfrutar do entardecer.

Ao que parece, todas as suas necessidades são satisfeitas por sua dona.

E as nossas? Estarão sendo satisfeitas?

Estaremos tendo segurança para satisfazê-las?

Caminhar pelo bairro, sentar-se no banco da pracinha próxima, dialogar com o vizinho em plena calçada sem atentar para quem se aproxima.

Aos que passeiam com o seu pet parecem estar mais seguros. Claro que o tamanho do animal impõe um certo receio para qualquer aproximação.

Pelo menos é isto que esta moradora, vizinha do gatinho, tem observado no seu entorno.

Tempos atrás, a janela dessa observadora também serviu de morada para uma bela sabiá, propiciando o poema que segue.



Nós, seres humanos, somos a maravilha da Criação Superior. Permanecemos, porém, frágeis com relação aos seres humanos desviados do caminho certo e prontos para cometerem ações deletérias. Aguardemos soluções, advindas das autoridades constituídas, que nos possibilitem termos liberdade sem riscos.