quarta-feira, 24 de julho de 2024

CADA VEZ MAIS BREVES...


A sensação é cada vez mais presente de um tempo cujos dias se sucedem de uma forma rápida.

Talvez, antes, não houvesse tantos mecanismos diários de atenção que o ser humano, hoje, tem a seu dispor.

Um celular, em mãos, repassa o que está acontecendo no planeta.

Nossa atenção voltada para ele, não nos deixa sentir e apreciar o nascer do sol.

Embora desligado, ao acordarmos o celular está ali junto a nós.

Objetos que não existiam e que, convenhamos, não faziam falta no nosso cotidiano.

Não éramos infelizes porque não os tínhamos. A procura pelo outro ser era um convite ao encontro, à conversa amiga, ao bate-papo sobre o dia anterior, à comunicação sobre os compromissos individuais e coletivos.

O telefone existia, embora usado quando necessário. Imagens eram buscadas nos jornais impressos, bem como as notícias. Essas, também, nas emissoras de rádio.

É confortável ter tudo na palma da mão através do celular.

Isto, porém, está tornando o ser humano distante, embora pareça perto, da busca que o possibilitava escolher e refletir sobre a notícia circulante.

Tudo o que é entregue rápida e constantemente carece de uma reflexão necessária.

E quantos usuários de celulares terão essa capacidade e tempo para fazê-la?

Será que o tempo está passando mais depressa mesmo? Ou seremos nós, pelo acúmulo de mecanismos de informação e pelo tempo gasto no uso dos mesmos, que temos essa sensação de celeridade?

Será que ainda buscamos com o olhar o sol se pondo? Ou as estrelas formando belas imagens no céu?

Temos, com urgência, de voltarmos a resgatar essas belezas através do nosso olhar.

Pois é ele que nos mantém maravilhados com nossa capacidade humana de nos sentirmos partícipes desses momentos.

Não esqueçamos, portanto, que somos produtos da maravilhosa Criação Divina.

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 11 de julho de 2024

CÓDIGOS... SENHAS... BOTÕES...


Qual é o nosso futuro?

É difícil imaginar os seres humanos sendo submissos às máquinas.

Para onde a palavra escrita seguirá?

Será útil para expressarmos sentimentos, desejos, aspirações?

Terão seus seguidores espaço, em seu cotidiano, para refletir?

Terão leitores fiéis a esta forma de expressão?

Ao que parece, cada vez mais, a comunicação resume-se a símbolos e figuras.

O ser humano ainda possui emoções que se materializam pelo abraço, pelo beijo, pelo choro.

Esses momentos permanecerão como até então, ou figuras alusivas a estes momentos farão parte da comunicação entre humanos?

A tecnologia é considerada um avanço na forma de relacionamento entre os seres que habitam este planeta.

A distância até justifica essas figuras. A proximidade, porém, não justifica esta comunicação através de símbolos ou figuras.

Para a comunicação, como meio tecnológico, é extremamente útil, mas não pode tornar-se uma prática de relação cotidiana com o nosso semelhante.

Acredita-se que os seres humanos começarão a sentir um distanciamento não desejado.

Ainda há tempo para que reflitamos sobre os resultados dessa comunicação deficitária.

A quem interessaria?

Com certeza, a nenhuma das partes envolvidas.

Estaríamos sendo apenas robôs que obedecem a regras impostas?

Agora, nos estádios de futebol observa-se a comunicação através dos gestos, do tremular de bandeiras e do canto do Hino do Brasil. Algo que evidencia a importância do símbolo que a todos emociona e motiva. Este, sim, um símbolo necessário e sempre presente em importantes momentos.

O aperto de mãos, o brilho no olhar, o sorriso que saúda e aproxima e a mão que afaga seriam coisas já em desuso?

Acreditamos que ainda há uma centelha de esperança neste mar de dúvidas e incertezas.










quinta-feira, 4 de julho de 2024

SÃO MILHARES... SÃO MILHÕES...



É quase inacreditável, mas as imagens e os valores tornam-se de conhecimento público e são quase incompreensíveis.

Todas as modalidades de esportes possuem torcedores em número expressivo. O futebol, porém, ultrapassa a todas outras.

Buscam sentirem-se vencedores através das competições ganhas por seus ídolos. Mesmo não logrando êxito, a esperança permanece e os mantém fiéis.

São milhares que, em várias regiões do planeta, fazem-se presentes aos estádios.

A busca é pela vitória, pois, talvez, não se sintam vitoriosos em suas ocupações, em seu cotidiano, em sua existência.

A Psicologia, com certeza, explica esses comportamentos.

No momento, o teor de agressividade está intenso dentro e fora dos estádios.

O sol, porém, continua a brilhar e a aquecer os corações de quem se detém e vislumbra uma possível reversão desse status quo.

Como?

Através de uma conscientização da riqueza que os humanos detêm.

Todos os avanços tecnológicos são prova de que temos capacidade de melhorarmos nosso viver e o de nossos irmãos.

Elejam governantes que tenham a capacidade de agregar diferentes posições, pois nós, seres humanos, somos a soma de nossos ancestrais e da modernidade que veio para nos capacitar a, cada vez mais, fazermos desta nossa Casa Planetária um lugar bom para vivermos, procriarmos e deixarmos aos nossos sucessores melhores condições de sobrevivência.

Quanto aos milhões?

Os jogadores, em especial de futebol, agradecem pelos altíssimos salários.

Hospitais públicos, SUS, escolas públicas mereceriam um olhar mais atento da sociedade civil.

Esses mesmos torcedores seriam muito bem-vindos em passeatas que solicitassem uma participação, igualmente expressiva, de seus clubes nesta causa social.

Assim como, ambos, mobilizaram-se no episódio das enchentes que assolaram o Estado do Rio Grande do Sul.

É inegável, porém, que os esportes, em especial o futebol, são uma válvula de escape por onde as emoções positivas superam as tristezas.

Por enquanto, sigamos aguardando melhores momentos para o nosso viver cotidiano.











sábado, 15 de junho de 2024

ESTÁ DIFÍCIL!


Nunca foi tão difícil.

Se pendemos para um lado, somos execrados por muitos.

Se pendemos para o outro lado, somos, igualmente, odiados por outros tantos.

A empatia e a compreensão foram-se água abaixo.

E isto não tem nada a ver com a catástrofe climática de chuvas contínuas que aconteceram no nosso Rio Grande do Sul.

Hoje em dia, parece que o mais importante é contrapor e fazer valer uma resposta que derrube a opinião contrária.

Foi-se o respeito às manifestações que não coincidam com as nossas.

Aonde vamos parar?

Acreditávamos que éramos seres evoluídos. Isto parece estar sendo colocado à prova continuamente.

Estamos desrespeitando os demais seres com os quais convivemos diariamente.

Quando em uma praça pública, pessoas levam, sem guia, seus cachorros e os soltam, embora o aviso, colocado na entrada da praça, diga que é proibido, o que mais fazer? E que, inclusive, haverá uma multa pelo descumprimento?

Não há, porém, fiscalização alguma.

E quando uma senhora, que gostaria de usufruir desta praça, pergunta a um senhor o que ele acha se, acaso ela seja mordida por um dos cães. Recebe a seguinte resposta:

- A senhora é a responsável.

Isto é inacreditável!

Parece que o ser humano está involuindo.

Acredita-se, porém, que as condições climáticas têm feito o ser humano repensar sua responsabilidade com o Planeta e, por consequência, com os demais seres humanos que o habitam.

Afinal, a evolução tecnológica tem que servir para melhorar as condições de vida no Planeta.

Ao que parece isso não tem ocorrido.

Aqueles seres humanos, desprovidos de caráter, têm usado a tecnologia para enganar o próximo.

Parece que os limites foram esquecidos. E, quando ultrapassados, não há punição.

Apesar, porém, dessas constatações acredita-se possível uma retomada de valores que dignifiquem os seres humanos, pois a eles pertence o Planeta, onde devem coexistir em paz e respeito mútuos.

É urgente uma conscientização dos habitantes deste Planeta acerca das condições que estão impondo ao lar em que residem.

Hoje, aquela menininha de outrora lembra de sua casa e a compara com esta outra que abriga a todos nós, humanos.

E, eis que surge o poema que segue.

 



 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 27 de maio de 2024

ESPERANÇA


São milhares!

Com chuva ou sem chuva.

Problemas existirão?

Com certeza, devem existir.

Então, o que buscam? A Psicologia deve explicar.

Para quem assiste, pela televisão, e procura um motivo para tanta empolgação e participação, acredita que a busca é válida, pois os tempos estão a exigir momentos de extravasamento das emoções acumuladas.

As partidas de futebol, assistidas nos campos, são uma forma de sentir-se vivo, partícipe e, possivelmente, um vencedor.

Se assim não acontecer, vale a tentativa e o encontro com os amigos.

A amizade, atualmente, é um braço acolhedor diante de tantas incertezas, desmandos e injustiças.

Momentos extremamente difíceis que, acumulados, trazem prejuízos à saúde física e mental.

A imprevisibilidade instalou-se de forma preocupante.

Ao que parece todas as medidas necessárias com relação à natureza têm sido postergadas.

Até quando?

Aos governantes compete fazerem previsões e tomada de atitudes que evitem catástrofes.

Mesmo naqueles outros Estados, em que as chuvas não existiram, persistem problemas de ordem econômica relevantes.

Mesmo com tantos problemas é compreensível a busca pelo encontro com os amigos e por sentir-se partícipe como torcedor do clube pelo qual torce.

Momentos de descontração são necessários para que o cotidiano seja enfrentado com mais leveza.

Aplausos a quem consegue superar tantos problemas.

Que os campos de futebol continuem sendo um “remédio” saudável para a manutenção de uma perspectiva melhor para o cotidiano que segue.

Agora, não esqueçamos que, também nos estádios, a agressão entre torcedores permanece.

O que é lamentável!

Acredita-se, porém, que estes episódios tendem a diminuir com a melhora das condições do viver cotidiano.

Aguardemos, nós do Rio Grande do Sul, com ESPERANÇA! 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 29 de abril de 2024

QUE TEMPOS!

Domingos e feriados? Nem pensar.

Sábados? Talvez.

Durante os cinco dias úteis? Com muito cuidado.

Esta é a realidade atual.

Que saudades da vila onde aquela menina morava!

Ia a pé, sozinha, até a escola não tão próxima.

Isso já faz um bom tempo!

Não tanto tempo faz, porém, que ia assistir, com a mãe idosa, a um show no Gigantinho.

Voltavam já tarde, caminhando pelas ruas próximas até a residência.

QUE SAUDADES!

A beleza da lua, que as acompanhava, era vista como um presente do céu.

Esta foi uma época em que eram vistas como seres humanos, não necessitando de códigos e números para adentrarem em suas residências.

Sentir o ar puro do entardecer, caminhando pelas ruas do bairro. Sequer pensava-se em atentar a quem se aproximava.

Éramos felizes e não sabíamos.

A jovem de ontem, despreocupada com o seu entorno, cedeu lugar a uma mulher constantemente atenta a quem se aproxima.

Será que a lua perdeu seu encanto quando esta mulher a vê no retorno de uma caminhada?

Não, seu encanto permanece. Vê-la, porém, é bem mais seguro da janela de sua casa?

Não. Melhor mesmo é que seja da janela de um apartamento com porteiro 24 horas.

E as luzes que iluminam a noite não parecem amedrontar quem se esgueira pelas ruas com o propósito de promover atos de invasão a áreas privadas.

Com certeza, não mais existirão casais que, sob o luar, trocarão juras de amor.

Aliás, a própria lua deve andar triste, pois não é mais fonte de inspiração para tais juras de amor.

Talvez, ainda, a lua seja inspiração para algum poeta.

Quem sabe um poema, escrito pelo ser amado, seja ainda bem recebido por aquela que o aguarda sob a luz do luar.

 


 

 

 

 

quarta-feira, 10 de abril de 2024

FINALMENTE!

 

Depois de anos da inexistência de participação do sexo feminino em posições tradicionalmente masculinas, observa-se, hoje, a atuação constante e louvável da mulher em vários setores antes impensáveis.

Na área dos esportes e, em especial, no futebol observa-se a ascensão da mulher.

Temos árbitras, cronistas, narradoras, debatedoras e importantes jogadoras em clubes tradicionais de 1ª Divisão, com seus times femininos, como também nas categorias Sub 17 e Sub 20.

O que chama bastante a atenção são as debatedoras que, nos programas esportivos, demonstram um conhecimento amplo da matéria.

Infelizmente, a violência nos estádios e fora deles está aumentando.

Os lamentáveis casos de agressões estão multiplicando-se a cada dia.

Isto é um saldo negativo a cada ocorrência que se observa.

É um prejuízo ao esporte mais tradicional do Brasil.

Atos ofensivos a determinadas raças e quaisquer outros que gerem agressão são deploráveis e lastimáveis.

É uma lástima que, justamente nesta fase de tanta agressão, as jogadoras estejam enfrentando estes momentos deploráveis que tem atingido nosso esporte mais popular e querido do país.

Para essas lutadoras, nossos aplausos e os versos que seguem.