quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

A PASSAGEM




 

Como mensurar sua importância?

Terá isto alguma relevância?

Como voltar às cenas marcantes?

Como separar o agora do antes?

E o depois?










segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

QUAL O MOTIVO?

A comunicação entre nós, seres humanos, deve repousar na língua escrita, bem como na oral, quando necessário.

O que o whats possibilita? A comunicação imediata e contínua.

Refletir e expor ideias exige textos e não apenas frases soltas.

O celular apenas nos mantém informados. Caberá a cada um de nós buscar fontes escritas e analisá-las, sob vários aspectos, para verificar sua veracidade. Diante dessa constatação, nosso fazer literário será o responsável pela análise interpretativa.

Outro importante aspecto são as imagens.

Elas, geralmente, são reveladoras de verdades nem sempre interpretadas de forma correta.

Diante de tudo isso, observa-se que a dúvida perpassa em inúmeros momentos.

O fato é que vivemos, nos dias atuais, com incertezas constantes.

As imagens oriundas dos estádios de futebol são, atualmente, ao que parece, verdadeiras. Elas revelam as emoções, o sentimento de alegria, de expectativa, de euforia. Atualmente, infelizmente, apresentam momentos de agressão entre os jogadores durante o jogo. Também entre a torcida que, quando perdedora, apresenta sua insatisfação através de agressões mútuas, dentro e fora dos estádios.

Será que a violência é um traço humano que, atualmente, faz parte do cotidiano, independentemente do local onde se encontre?

O que será que está tornando o ser humano cada vez mais agressivo?

A resposta é uma incógnita e ninguém está preocupado em achar um motivo ou uma razão.

Agora, se houvesse normas rígidas que punissem tais atitudes, esses momentos de agressão não seriam corriqueiros.

A Educação poderá ser um excelente canal de transformação.

Está faltando um posicionamento da sociedade exigindo das autoridades competentes regras e normas para serem aplicadas. 

Não percamos a esperança, pois é o que nos resta.














quinta-feira, 7 de novembro de 2024

DESEJO...



Durante a caminhada, esperar o quê?

Foi-se a época em que nossos olhos pousavam em belas imagens advindas de quem, também, exercia o direito, em segurança, de fazer sua caminhada pelo bairro onde morava. Eram sorrisos e cumprimentos de bom-dia para quem encontrávamos.

Hoje, isso não mais existe. A desconfiança e o receio de um encontro indesejado é uma sensação permanente de quem caminha pelas ruas de seu bairro. Poderíamos acrescentar que essa preocupação é permanente em qualquer bairro dessa cidade que já foi “alegre”.

É necessário acrescentar, porém, que, mesmo assim, alguns caminhantes persistem nessa prática.

É necessário que se faça frente a essa insegurança adotando comportamentos que, infelizmente, tira-nos o brilho dos olhos ao assistir seres humanos dormindo sob marquises ou, mesmo, agredindo quem ousa passar por perto.

Parece haver uma total indiferença do Poder Público a este estado de coisas. Até quando?

O cenário que atinge alguns bairros é desolador.

Temos, ainda, além da insegurança, a sujeira que se faz presente junto aos contêineres.

Em que se transformaram alguns bairros de nossa cidade!

As crônicas do nosso cotidiano, para quem escreve, está tornando-se um exercício difícil, pois coitado do leitor que lerá algo que não lhe trará satisfação alguma.

Será que os munícipes têm interesse em que sejam resolvidos tais problemas?

Diante deste quadro, o olhar de um cronista tem que cercar-se de outro olhar: o de um poeta. Para este último, talvez, haja uma luz no fundo do túnel.

Lá, onde é possível enxergar a esperança.

Quem sabe...


Segue um poema que é um desejo de ver nossa cidade voltar a ser ALEGRE novamente.







































segunda-feira, 14 de outubro de 2024

A VOZ



Mas que tom de voz!... Que coisa inebriante, suave, ao mesmo tempo sensual, era aquela voz. Samantha nascera assim. Desde pequena, já deliciava os ouvidos de quem a cuidava. A cada raro choramingo, ouvi-la era um prazer renovado. Tinha também um ouvido apuradíssimo, capaz de ouvir o cair de folhas ao chão. Quando iniciou seus primeiros passos, apresentou uma mania. Vivia na ponta dos pés. Quando menos se esperava, estava a menina caminhando na ponta dos pés. Isso levou sua mãe a procurar a opinião de um pediatra que, de pronto, lhe assegurou que a pimpolha seria “uma bailarina”. Não havia com o que se preocupar.

Já na escola, seus coleguinhas de aula cercavam-na para estarem próximos àquela voz. Ao ler suas redações, era ouvida com atenção pelos colegas não tanto pelo conteúdo, que, diga-se de passagem, era bom, mas pela voz, pelo tom mavioso que imprimia às palavras.

Assim, foi tornando-se adulta, já consciente do atrativo que sua voz encerrava. Diziam que ao telefone era imbatível. Tornara-se uma voz um pouco mais “caliente”. Imagine declamando um soneto de Shakespeare, articulando um “thou” usado pelo dramaturgo, o conhecido e atual “you”. Sua professora ia à loucura.

Dizem que até comprou um apartamento, só com contatos telefônicos. Apareceu, só ao final, para fechar o negócio.

Seus colegas de trabalho deliciavam-se com sua voz pelo telefone. As pessoas com as quais mantinha contato telefônico, e eram muitas, pois o serviço exigia, ficavam encantadas com aquela voz. Despertava em seus ouvintes uma grande curiosidade. Alguns chegavam a convidá-la para ir até seus locais de trabalho, pois queriam conhecê-la.

Mas nada disso a impressionava. Queria apenas continuar seduzindo por seduzir. Houve até uma vez que exercitou seus dotes, agora no canto, numa encenação de peça famosa de João Cabral de Melo Neto. Foi elogiada por colegas e pela professora, que a distinguiu com uma dedicatória num livro oferecido como brinde – “A uma cantora a se revelar”.

A verdade é que conseguiu fisgar seu marido pela voz, não pela beleza. A cada ligação, a atração crescia um pouco mais. Ao longo dos anos, essa parceria sobreviveu em grande parte pelos poderes dessa voz, que incendiava, acalmava, embalava, ponderava: que amava. Mas, como não se pode mandar NELE, hoje, Samantha está só.

Sabe que ter essa voz sempre foi uma bênção, nunca motivo de preocupação. Pois não é que hoje essa voz tem-se deparado com algumas situações insólitas! Fico a imaginar como Samantha reagirá a ligações reiteradas de pessoas que estão a necessitar de uma palavra amiga, de um incentivo, de um ouvir atento. Há até quem já diga que dorme melhor depois de ouvi-la. Por incrível que pareça, essa voz tem permanecido límpida, sonoramente doce, jovial, envolvente. Mas seu público já não é o mesmo. O que antes era brincadeira da sedução, hoje é a realidade da carência do outro. Deverá Samantha usar sua voz agora para confortar, não mais para seduzir?

Acho que é a hora do devolver. Devolver tudo o que de melhor Samantha recebeu. Tentar entender as necessidades do outro, ao ver-se nelas. Todos nós as possuímos. O tempo dela, de agora, exige reflexão, ponderação, compreensão, empatia. Samantha terá que exercitar também seus ouvidos. Ouvir as pausas, os silêncios. Ouvir quase o inaudível, que nem o som de sua infância, de folhas caídas ao chão. A voz de hoje, porém, é mais exigente, busca a alteridade, um sinal de maturidade.

E como sua voz continua sedutora, embora madura, mãos à obra.

Pois Samantha também está carente. Carente da voz do outro. Não importa qual o tom.

E nesta ciranda da vida, a qualquer compasso se habilita, pois é um “pé-de-valsa”, desde neném.










sexta-feira, 20 de setembro de 2024

USE .............. COM MODERAÇÃO!

 

Para onde está indo a nossa palavra escrita e a reflexão sobre ela?

Dedos, números, senhas e códigos são os nossos companheiros na comunicação atual?

A palavra, como elemento fundamental na comunicação oral e escrita, é algo que está perdendo espaço.

A tela de um celular é o que nos acompanha constantemente. Desde o acordar até o adormecer ela, ligada, tem estado sempre presente.

O que deveria ser um elemento útil, em caso de necessidade, tornou-se objeto do olhar constante de quem possui um celular.

Ao que parece, apenas os jornais, ainda escritos, são objeto de leitura.

E os livros? E seus autores?

Até quando existirão?

Uma leitura de um texto, de forma pausada e atenta, propicia sempre uma reflexão.

Os seres humanos são diferenciados dos animais e das máquinas, pois sempre existiram para levar o conhecimento, a experiência e o convívio entre si mesmos.

Um olhar, um aperto de mão e um encontro são insubstituíveis, assim como a leitura de um livro, cujos textos vão somando reflexões que nos levam ao enriquecimento da comunicação e da nossa vivência cotidiana.

Em um livro, o leitor sempre poderá voltar a buscar trechos que o impressionaram.

Os seres humanos não são autômatos, mas seres aptos a interpretarem o que lhes é repassado, formando opiniões diferentes.

A tela de um celular não se compara a uma página de um livro. Nela, você pode sublinhar e o sublinhado por lá permanecerá para sempre.

Não, é claro, desfaçamos a importância de um celular. A sua existência trouxe-nos mais segurança no nosso cotidiano. Ele é de extrema importância. Mas as vantagens de um texto impresso, em um livro, possibilitam que tenhamos, para sempre, a sua companhia e que possamos recorrer a ele, quantas vezes quisermos, permitindo reflexões diversas ao longo do tempo.

Portanto, use com moderação a sua tela de celular. Ela é útil, quando for necessária a você, leitor.

O que esperar de quem usa a tela durante todo o seu cotidiano, estando em trabalho ou não?

Uma modernidade necessária, porém, usada para a leitura de textos que contenham criação literária de seu autor, nunca revelará a excelência de um texto.

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

EMOCIONANTE!

Nenhuma outra palavra é mais adequada para descrever a performance dos atletas paraolímpicos.

A superação das deficiências é algo que emociona a todos que assistem estes Jogos.

Em todas as modalidades esportivas, os atletas paraolímpicos são um exemplo de suas capacidades físicas e mentais.

São seres humanos diferenciados que nos dão exemplos do que podemos atingir em termos de realização pessoal. Oriundos dos mais diversos países, alguns em guerra, dão demonstração do que é possível ser alcançado, quando a vontade de superar suas deficiências é vista como meta de vida a ser atingida.

Que exemplos!

Atletas que, exibindo suas competências e habilidades, devem ser aplaudidos, mesmo que não conquistem as medalhas tão desejadas.

Seres humanos que, pelas mais diversas razões, tornaram-se deficientes fisicamente.

Representando seus países, apresentam-se, desde o início, como vencedores, pois estar competindo neste nível já é uma prova das suas excelentes performances.

Estes atletas dos Jogos Paraolímpicos são uma prova da capacidade de superação atingida.

A participação em uma competição desse alto nível já é, por si só, uma prova do esforço e persistência que acompanham estes atletas ao longo do tempo.

Na partida de vôlei sentado, com as atletas femininas brasileiras e eslovenas, o Brasil foi vencedor.

O futebol de cegos e outras tantas modalidades de jogos demonstram que esses atletas superam suas deficiências de forma inacreditável.

Estes Jogos Paraolímpicos são a prova incontestável de que o ser humano, mesmo deficiente, é capaz de alcançar seus objetivos na área dos esportes.

Com certeza, igualmente, esta capacidade de realização pessoal é plenamente alcançável em qualquer área do conhecimento.

Diante do cenário internacional de tantos conflitos em diversas regiões do Planeta, é emocionante assistir o desempenho de tantos seres humanos, que ainda mantêm a resiliência de superarem suas deficiências alcançando seus objetivos pessoais, bem como levando suas medalhas e títulos aos países que representam.

Que bom que servissem de exemplos a tantos outros seres humanos, inclusive seus compatriotas, que fomentam discórdias e guerras.

Nossos aplausos a todos aqueles que competiram nestes Jogos Paraolímpicos de 2024.







 

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

SERÁ VERDADE?

Que pergunta mais atual, mais constante e, talvez, mais comum entre os que habitam este Planeta!

Nunca antes, tantas dúvidas somam-se às questões humanas no seu cotidiano.

Aquele sorriso estará expressando saudação, agradecimento, disfarce ou, até mesmo, desprezo?

E as previsões, talvez, confirmem-se num belo sol ou naquela chuva incessante.

Diariamente, ao que parece, somos atingidos por notícias preocupantes para alguns, sem importância para outros e desafiantes para outros tantos.

Somos todos iguais?

Não, com certeza.

Somos humanos como raça, mas extremamente diferentes em nossas atitudes, pensamentos e valores.

Se pudéssemos separar o joio do trigo, dentro de nós mesmos, retiraríamos o que não prestasse, ficando apenas com aquilo que fosse benéfico para nós mesmos e para os outros que conosco convivem.

Está, porém, cada vez mais difícil esta separação.

Talvez, a avalanche constante de informações através dos celulares, nos tem impedido de mantermos o nosso eu interior mais centrado, reflexivo e capaz de uma melhor percepção e avaliação do que nos cerca.

Às vezes, parece que somos uma máquina nos comunicando com outra máquina.

Essa impressão faz com que deixemos de ser verdadeiramente humanos.

Como poderemos superar esta etapa?

Se elas, as máquinas, vieram para ficar, nós teremos que modificar nossa visão do que elas representam.

Nada é mais importante do que a presença, o olhar, o aperto de mão, o sorriso do rosto amigo, a conversa que se estende durante os encontros.

Não somos máquinas. Somos seres humanos que se alimentam de emoções e das reações de outros seres humanos.

Talvez, por isso, os estádios de futebol, no Brasil e no Exterior, permaneçam lotados durante as partidas de futebol.

É impressionante as milhares de pessoas que se concentram nos estádios.

Neles, as emoções e os encontros estão presentes a cada partida que acontece.

Lá, não é necessário o questionamento do SERÁ VERDADE?

Aquele sorriso é verdadeiro, assim como o gesto de vencer.

Ah! E o que mais impressiona é o nosso Hino Nacional cantado a cada início de uma competição em que o Brasil está presente. Nunca nosso hino foi tão cantado.

Portanto, nos estádios, o SERÁ VERDADE? é respondido por todas as formas, isto é, pelos abraços, pelos sorrisos, pelos aplausos ou, quando o caso, até mesmo pelas lágrimas de quem perdeu.

Acredita-se, porém, que a tristeza de quem perdeu não chegue a tanto.

O importante é, sem dúvida, estar presente e torcer junto a outras pessoas pelo clube do coração.

O SERÁ VERDADE?
 
Por aqui, não existe.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

sábado, 17 de agosto de 2024

QUANTA SUPERAÇÃO!


O convívio apresentado pelos atletas, nestes Jogos Olímpicos de 2024, é invejável. Todos buscando o seu melhor desempenho. Não importa qual país representem, a que etnia pertençam, qual a cor da pele ou quais deficiências possuam.


O convívio harmônico revela que é possível convivermos em paz. Esta é uma constatação que comprova que todo o ser humano é igual na sua essência. Aqueles que detêm o poder é que alimentam diferenças entre nós, para poderem governar de forma direcionada aos seus próprios interesses.

A superação das diferenças é algo plenamente possível em qualquer sociedade.

Quando não existe é porque não há interesse dos que estão no poder, independente de viés político.

Os atletas são uma inspiração para os que habitam este Planeta.

Os desafios dos atletas são encarados como uma possibilidade de superação da própria força pessoal. Nem por isso, porém, tornam-se algozes de seus adversários.

As riquezas pertencentes a cada país devem, obviamente, ser preservadas, mas isto não pode ser impeditivo para uma contribuição fiscalizada quando a necessidade se fizer presente em algum grupamento humano.

Os Jogos Olímpicos de 2024 marcam, de forma positiva, este momento em que alguns países enfrentam conflitos que se mantêm constantes.

Os humanos já deveriam ter superado divergências em prol de sua própria sobrevivência.

Até quando os homens suportarão tantos conflitos?

E o Planeta pedindo socorro para que não o destrua.

Já sofremos os impactos desse desleixo com aquele que nos abriga.

Há que ter, porém, esperança.

É o que nos facilita o viver cotidiano.

Para quem atenta, ao que está acontecendo com o Planeta, segue um poema.

 


 

 

 

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

APLAUSOS!!!


A intensa preparação física e psicológica e o excelente nível de competitividade merecem todos os aplausos aos atletas que, nestes Jogos Olímpicos de 2024, representam seus países.

As arenas, onde acontecem as competições, são de excelente aspecto.

Alguns países destacam-se em modalidades nas quais são reconhecidamente melhores. Outros, não alcançando seus melhores recordes em modalidades que, geralmente, sempre se sobressaíam.

O importante é que, diante de tantas regiões em que os conflitos podem acontecer a qualquer momento, o ser humano ainda tem a possibilidade de vibrar, torcer e alegrar-se com seus atletas em competições as mais diversas.

Os esportes, em suas diversas modalidades, têm essa capacidade de reunir seres humanos em busca da vitória ou não. O encontro com amigos, porém, faz toda a diferença.

Somos seres sociáveis e, portanto, esses encontros nos alimentam com alegria, recordações e com a esperança de novos encontros.

Esses Jogos Olímpicos têm proporcionado isto aos que lá se encontram.

E aos que apenas assistem pelos meios de comunicação, igualmente, o acompanhamento diário é um elixir que fortalece nossa esperança de melhores dias.

Quantas possibilidades são oferecidas aos atletas que estão participando dessa Olimpíada.

Aos novos, bem como aos demais, cada dia é um novo dia de superação.

É excelente ver os semblantes de satisfação dos atletas por estarem participando de tão importantes jogos.

Seria tão bom se o convívio, apresentado por tantos diferentes atletas, fosse um balizador para o nosso próprio convívio em sociedade.

Independente de raça, nacionalidade, cor, gênero, religião ou viés político, somos todos seres humanos, criados à imagem e semelhança DELE.

Portanto, atentemos ao nosso cotidiano e aos seres que conosco convivem.

Agora, quanto à Abertura dos Jogos Olímpicos e aquela “mesa” apresentada: sem comentários.











quarta-feira, 24 de julho de 2024

CADA VEZ MAIS BREVES...


A sensação é cada vez mais presente de um tempo cujos dias se sucedem de uma forma rápida.

Talvez, antes, não houvesse tantos mecanismos diários de atenção que o ser humano, hoje, tem a seu dispor.

Um celular, em mãos, repassa o que está acontecendo no planeta.

Nossa atenção voltada para ele, não nos deixa sentir e apreciar o nascer do sol.

Embora desligado, ao acordarmos o celular está ali junto a nós.

Objetos que não existiam e que, convenhamos, não faziam falta no nosso cotidiano.

Não éramos infelizes porque não os tínhamos. A procura pelo outro ser era um convite ao encontro, à conversa amiga, ao bate-papo sobre o dia anterior, à comunicação sobre os compromissos individuais e coletivos.

O telefone existia, embora usado quando necessário. Imagens eram buscadas nos jornais impressos, bem como as notícias. Essas, também, nas emissoras de rádio.

É confortável ter tudo na palma da mão através do celular.

Isto, porém, está tornando o ser humano distante, embora pareça perto, da busca que o possibilitava escolher e refletir sobre a notícia circulante.

Tudo o que é entregue rápida e constantemente carece de uma reflexão necessária.

E quantos usuários de celulares terão essa capacidade e tempo para fazê-la?

Será que o tempo está passando mais depressa mesmo? Ou seremos nós, pelo acúmulo de mecanismos de informação e pelo tempo gasto no uso dos mesmos, que temos essa sensação de celeridade?

Será que ainda buscamos com o olhar o sol se pondo? Ou as estrelas formando belas imagens no céu?

Temos, com urgência, de voltarmos a resgatar essas belezas através do nosso olhar.

Pois é ele que nos mantém maravilhados com nossa capacidade humana de nos sentirmos partícipes desses momentos.

Não esqueçamos, portanto, que somos produtos da maravilhosa Criação Divina.

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 11 de julho de 2024

CÓDIGOS... SENHAS... BOTÕES...


Qual é o nosso futuro?

É difícil imaginar os seres humanos sendo submissos às máquinas.

Para onde a palavra escrita seguirá?

Será útil para expressarmos sentimentos, desejos, aspirações?

Terão seus seguidores espaço, em seu cotidiano, para refletir?

Terão leitores fiéis a esta forma de expressão?

Ao que parece, cada vez mais, a comunicação resume-se a símbolos e figuras.

O ser humano ainda possui emoções que se materializam pelo abraço, pelo beijo, pelo choro.

Esses momentos permanecerão como até então, ou figuras alusivas a estes momentos farão parte da comunicação entre humanos?

A tecnologia é considerada um avanço na forma de relacionamento entre os seres que habitam este planeta.

A distância até justifica essas figuras. A proximidade, porém, não justifica esta comunicação através de símbolos ou figuras.

Para a comunicação, como meio tecnológico, é extremamente útil, mas não pode tornar-se uma prática de relação cotidiana com o nosso semelhante.

Acredita-se que os seres humanos começarão a sentir um distanciamento não desejado.

Ainda há tempo para que reflitamos sobre os resultados dessa comunicação deficitária.

A quem interessaria?

Com certeza, a nenhuma das partes envolvidas.

Estaríamos sendo apenas robôs que obedecem a regras impostas?

Agora, nos estádios de futebol observa-se a comunicação através dos gestos, do tremular de bandeiras e do canto do Hino do Brasil. Algo que evidencia a importância do símbolo que a todos emociona e motiva. Este, sim, um símbolo necessário e sempre presente em importantes momentos.

O aperto de mãos, o brilho no olhar, o sorriso que saúda e aproxima e a mão que afaga seriam coisas já em desuso?

Acreditamos que ainda há uma centelha de esperança neste mar de dúvidas e incertezas.










quinta-feira, 4 de julho de 2024

SÃO MILHARES... SÃO MILHÕES...



É quase inacreditável, mas as imagens e os valores tornam-se de conhecimento público e são quase incompreensíveis.

Todas as modalidades de esportes possuem torcedores em número expressivo. O futebol, porém, ultrapassa a todas outras.

Buscam sentirem-se vencedores através das competições ganhas por seus ídolos. Mesmo não logrando êxito, a esperança permanece e os mantém fiéis.

São milhares que, em várias regiões do planeta, fazem-se presentes aos estádios.

A busca é pela vitória, pois, talvez, não se sintam vitoriosos em suas ocupações, em seu cotidiano, em sua existência.

A Psicologia, com certeza, explica esses comportamentos.

No momento, o teor de agressividade está intenso dentro e fora dos estádios.

O sol, porém, continua a brilhar e a aquecer os corações de quem se detém e vislumbra uma possível reversão desse status quo.

Como?

Através de uma conscientização da riqueza que os humanos detêm.

Todos os avanços tecnológicos são prova de que temos capacidade de melhorarmos nosso viver e o de nossos irmãos.

Elejam governantes que tenham a capacidade de agregar diferentes posições, pois nós, seres humanos, somos a soma de nossos ancestrais e da modernidade que veio para nos capacitar a, cada vez mais, fazermos desta nossa Casa Planetária um lugar bom para vivermos, procriarmos e deixarmos aos nossos sucessores melhores condições de sobrevivência.

Quanto aos milhões?

Os jogadores, em especial de futebol, agradecem pelos altíssimos salários.

Hospitais públicos, SUS, escolas públicas mereceriam um olhar mais atento da sociedade civil.

Esses mesmos torcedores seriam muito bem-vindos em passeatas que solicitassem uma participação, igualmente expressiva, de seus clubes nesta causa social.

Assim como, ambos, mobilizaram-se no episódio das enchentes que assolaram o Estado do Rio Grande do Sul.

É inegável, porém, que os esportes, em especial o futebol, são uma válvula de escape por onde as emoções positivas superam as tristezas.

Por enquanto, sigamos aguardando melhores momentos para o nosso viver cotidiano.











sábado, 15 de junho de 2024

ESTÁ DIFÍCIL!


Nunca foi tão difícil.

Se pendemos para um lado, somos execrados por muitos.

Se pendemos para o outro lado, somos, igualmente, odiados por outros tantos.

A empatia e a compreensão foram-se água abaixo.

E isto não tem nada a ver com a catástrofe climática de chuvas contínuas que aconteceram no nosso Rio Grande do Sul.

Hoje em dia, parece que o mais importante é contrapor e fazer valer uma resposta que derrube a opinião contrária.

Foi-se o respeito às manifestações que não coincidam com as nossas.

Aonde vamos parar?

Acreditávamos que éramos seres evoluídos. Isto parece estar sendo colocado à prova continuamente.

Estamos desrespeitando os demais seres com os quais convivemos diariamente.

Quando em uma praça pública, pessoas levam, sem guia, seus cachorros e os soltam, embora o aviso, colocado na entrada da praça, diga que é proibido, o que mais fazer? E que, inclusive, haverá uma multa pelo descumprimento?

Não há, porém, fiscalização alguma.

E quando uma senhora, que gostaria de usufruir desta praça, pergunta a um senhor o que ele acha se, acaso ela seja mordida por um dos cães. Recebe a seguinte resposta:

- A senhora é a responsável.

Isto é inacreditável!

Parece que o ser humano está involuindo.

Acredita-se, porém, que as condições climáticas têm feito o ser humano repensar sua responsabilidade com o Planeta e, por consequência, com os demais seres humanos que o habitam.

Afinal, a evolução tecnológica tem que servir para melhorar as condições de vida no Planeta.

Ao que parece isso não tem ocorrido.

Aqueles seres humanos, desprovidos de caráter, têm usado a tecnologia para enganar o próximo.

Parece que os limites foram esquecidos. E, quando ultrapassados, não há punição.

Apesar, porém, dessas constatações acredita-se possível uma retomada de valores que dignifiquem os seres humanos, pois a eles pertence o Planeta, onde devem coexistir em paz e respeito mútuos.

É urgente uma conscientização dos habitantes deste Planeta acerca das condições que estão impondo ao lar em que residem.

Hoje, aquela menininha de outrora lembra de sua casa e a compara com esta outra que abriga a todos nós, humanos.

E, eis que surge o poema que segue.

 



 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 27 de maio de 2024

ESPERANÇA


São milhares!

Com chuva ou sem chuva.

Problemas existirão?

Com certeza, devem existir.

Então, o que buscam? A Psicologia deve explicar.

Para quem assiste, pela televisão, e procura um motivo para tanta empolgação e participação, acredita que a busca é válida, pois os tempos estão a exigir momentos de extravasamento das emoções acumuladas.

As partidas de futebol, assistidas nos campos, são uma forma de sentir-se vivo, partícipe e, possivelmente, um vencedor.

Se assim não acontecer, vale a tentativa e o encontro com os amigos.

A amizade, atualmente, é um braço acolhedor diante de tantas incertezas, desmandos e injustiças.

Momentos extremamente difíceis que, acumulados, trazem prejuízos à saúde física e mental.

A imprevisibilidade instalou-se de forma preocupante.

Ao que parece todas as medidas necessárias com relação à natureza têm sido postergadas.

Até quando?

Aos governantes compete fazerem previsões e tomada de atitudes que evitem catástrofes.

Mesmo naqueles outros Estados, em que as chuvas não existiram, persistem problemas de ordem econômica relevantes.

Mesmo com tantos problemas é compreensível a busca pelo encontro com os amigos e por sentir-se partícipe como torcedor do clube pelo qual torce.

Momentos de descontração são necessários para que o cotidiano seja enfrentado com mais leveza.

Aplausos a quem consegue superar tantos problemas.

Que os campos de futebol continuem sendo um “remédio” saudável para a manutenção de uma perspectiva melhor para o cotidiano que segue.

Agora, não esqueçamos que, também nos estádios, a agressão entre torcedores permanece.

O que é lamentável!

Acredita-se, porém, que estes episódios tendem a diminuir com a melhora das condições do viver cotidiano.

Aguardemos, nós do Rio Grande do Sul, com ESPERANÇA! 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 29 de abril de 2024

QUE TEMPOS!

Domingos e feriados? Nem pensar.

Sábados? Talvez.

Durante os cinco dias úteis? Com muito cuidado.

Esta é a realidade atual.

Que saudades da vila onde aquela menina morava!

Ia a pé, sozinha, até a escola não tão próxima.

Isso já faz um bom tempo!

Não tanto tempo faz, porém, que ia assistir, com a mãe idosa, a um show no Gigantinho.

Voltavam já tarde, caminhando pelas ruas próximas até a residência.

QUE SAUDADES!

A beleza da lua, que as acompanhava, era vista como um presente do céu.

Esta foi uma época em que eram vistas como seres humanos, não necessitando de códigos e números para adentrarem em suas residências.

Sentir o ar puro do entardecer, caminhando pelas ruas do bairro. Sequer pensava-se em atentar a quem se aproximava.

Éramos felizes e não sabíamos.

A jovem de ontem, despreocupada com o seu entorno, cedeu lugar a uma mulher constantemente atenta a quem se aproxima.

Será que a lua perdeu seu encanto quando esta mulher a vê no retorno de uma caminhada?

Não, seu encanto permanece. Vê-la, porém, é bem mais seguro da janela de sua casa?

Não. Melhor mesmo é que seja da janela de um apartamento com porteiro 24 horas.

E as luzes que iluminam a noite não parecem amedrontar quem se esgueira pelas ruas com o propósito de promover atos de invasão a áreas privadas.

Com certeza, não mais existirão casais que, sob o luar, trocarão juras de amor.

Aliás, a própria lua deve andar triste, pois não é mais fonte de inspiração para tais juras de amor.

Talvez, ainda, a lua seja inspiração para algum poeta.

Quem sabe um poema, escrito pelo ser amado, seja ainda bem recebido por aquela que o aguarda sob a luz do luar.

 


 

 

 

 

quarta-feira, 10 de abril de 2024

FINALMENTE!

 

Depois de anos da inexistência de participação do sexo feminino em posições tradicionalmente masculinas, observa-se, hoje, a atuação constante e louvável da mulher em vários setores antes impensáveis.

Na área dos esportes e, em especial, no futebol observa-se a ascensão da mulher.

Temos árbitras, cronistas, narradoras, debatedoras e importantes jogadoras em clubes tradicionais de 1ª Divisão, com seus times femininos, como também nas categorias Sub 17 e Sub 20.

O que chama bastante a atenção são as debatedoras que, nos programas esportivos, demonstram um conhecimento amplo da matéria.

Infelizmente, a violência nos estádios e fora deles está aumentando.

Os lamentáveis casos de agressões estão multiplicando-se a cada dia.

Isto é um saldo negativo a cada ocorrência que se observa.

É um prejuízo ao esporte mais tradicional do Brasil.

Atos ofensivos a determinadas raças e quaisquer outros que gerem agressão são deploráveis e lastimáveis.

É uma lástima que, justamente nesta fase de tanta agressão, as jogadoras estejam enfrentando estes momentos deploráveis que tem atingido nosso esporte mais popular e querido do país.

Para essas lutadoras, nossos aplausos e os versos que seguem.