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terça-feira, 30 de setembro de 2025

É UM ENCANTO!



Ver suas flores, na bela árvore em frente ao condomínio, é um colírio diário aos olhos.

Como deixar de admirá-la!

É um belo Ipê Amarelo, disputando olhares com um, também belo, Ipê Rosa do outro lado da calçada.

É um enfeite para a rua e para quem mora em frente a essas belas árvores. Suas flores são poemas para os olhos.

Um colírio para os olhos, pois contêm mensagens de beleza que só fazem bem.

Novamente, esta rua, descrita na última crônica como um lugar aprazível, também possui árvores que a tornam mais acolhedora.

Afinal, é bom sentir-se bem ao convivermos junto a essas belezas.

Quando, porém, o tempo de floração chega ao seu término, devemos aproveitar para guardar suas imagens, pois o despencar de suas flores, ainda assim, enfeitam o chão em que se encontram.

Como deixar de encantar-se, se meus olhos as buscam frequentemente.

Em meio a cenas deprimentes pelo bairro, estas belas imagens amenizam o nosso cotidiano.

É uma pena que floresçam apenas uma vez por ano.

Urge que encontremos cenas que nos motivem a descrever, em poemas, o sentir humano com o semelhante que se aproxima.

Como segue, abaixo, o poema.













quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

OLHARES ILUMINADOS


Com olhos curiosos, que buscavam os movimentos constantes das nuvens, aquela menininha já se interessava por imagens que se desenhavam no céu de sua infância.


Na verdade, a visão do céu, de dia ou à noite, sempre revelou uma beleza ímpar àqueles olhos infantis.

Cenas propícias a uma imaginação que se alimentava de movimentos serenos e calmos de nuvens que seguiam, pouco a pouco, para não sei onde.

À noite, porém, sucediam-se momentos em que as estrelas, partícipes deste céu noturno, mostravam-se firmes, resplandecentes, sem o navegar das nuvens, mas com o brilho que tornava o olhar infantil bastante surpreso.

Por que algumas se aglomeravam e outras não?

Na sua ingenuidade, imaginava que aquelas tivessem brigado com estas outras agrupadas.

Reconhece, hoje, que todas elas serviram para que a imaginação fosse abastecida por perguntas, ainda sem respostas, que fizeram nascer uma capacidade de reflexão.

Um pouco mais tarde, descendo o olhar do céu para a terra, o que assistia na televisão eram filmes em que cenas violentas não existiam. Talvez, porque cenas desse tipo, à época, existissem em um número reduzido na sociedade.

Hoje, o nosso dia a dia é pautado por cenas violentas repassadas, exaustivamente, a um público que parece precisar rever, por incansáveis vezes, as mesmas cenas.

Um olhar infantil, nos tempos atuais, pousará em uma nuvem, ou na joaninha que se perdeu da planta, ou na formiga que carrega o alimento para a sua toca?

Será que uma máquina, que traz cenas com respostas já elaboradas e direcionadas, será capaz de possibilitar momentos em que o pensamento, próprio desse pequeno ser, possa dar asas a sua imaginação, preparando-o para um futuro ser pensante?

Sem querer, absolutamente, menosprezar a evolução tecnológica que nos cerca, e da qual necessitamos, mas os primeiros anos de uma vida devem ser resguardados para que o desenvolvimento do “pequeno ser” seja conectado com a natureza, com o ambiente que o cerca, com o outro ser, igual a si, que lhe serve de espelho, de fonte de afeto e de referência pelos valores que lhe podem ser repassados.

Seres humanos sempre serão seus pares pela vida afora.

Tudo em prol de que se consiga manter os olhos iluminados por imagens benéficas, que nos envolvam, tornando nossos dias mais amenos e nos capacitando a fazer escolhas de imagens livres de violência, repetidamente, veiculadas.

E como exemplo dessa possibilidade de que nos mantenhamos com o brilho do olhar sempre a nos maravilhar, segue um poema dedicado à neta Nicole.