terça-feira, 12 de junho de 2012










NÃO CAIAM NESSA...


Queridos leitores
Pré-requisito para compreensão do texto abaixo:

- ler a crônica de Fabrício Carpinejar, “Homem que broxa ao trair não foi infiel”, publicada em 22/05/12, no jornal Zero Hora (p.2)










Tem gente dando rasteira em cobra. E vão fazendo das tripas coração para justificar proceder de quem costuma pular a cerca. 


Pelo sim, pelo não, antes de dar o conselho, vou relatar o ocorrido. 


Pois Juvêncio tinha aquele olhar de sorro manso, cheio de segundas intenções. Quando dava no jeito, costumava paletear as gurias. Já não cozinhava na primeira fervura, mas ia em frente, tenteadito como quem dá boia pra louco. Ou para ser claro, costumava tentear o bico da gansa. 



Mas a coisa não andava fácil. 



E a comadre em casa. 


Era, ainda, uma bela mulher, um pouco mais nova que Juvêncio. Segundo o próprio, era um bom cobertor de orelha. Mas Juvêncio estava querendo variar. 

Mas a coisa não andava fácil. 

A bem da verdade, até em casa, Juvêncio já enfrentava uma maré baixa, vivia meio que sob mau tempo. Vez por outra, nem pro gasto se aprumava. Não andava dando mais no couro. 

Um belo dia, de tanto tentear, encontrou Maricota, mais cobiçada que fruta temporona, que lhe encheu os olhos de desejo. A tal dona também, ao que parece, retribuía com olhares fogosos. E a volúpia tomou conta daquele ser, já mais pra lá do que pra cá. Já andava chamando a escolhida de minha pomba rola. Mas o fato é que Juvêncio mermava a cada dia. 

E a comadre em casa. 

Quando achou que estava mais firme que palanque em banhado, e andava mais faceiro que pinto em quirela, partiu pra “os finalmente”. 

Pois foi aí que, de verdade, sentiu o cutuco. Acreditem, nem com banda de música foi possível bailar. A coisa não funcionou e Juvêncio, dizem, nem esquentou o banco, isto é, a cama. É claro que foi saindo de fininho, com o rabo no meio das pernas. 

E a comadre? Em casa, aguardando o ginete. 

E Juvêncio? Foi chegando, de mansito, no silêncio da noite. Parecia mais espantado que ladrão em cavalo roubado. 

É verdade que tenteou, na base da lábia, arrumar um bom cambicho. Porém, saiu do imbróglio mais sério que criança cagada e mais rápido que bote de cobra. E, ultimamente, anda com cara de cachorro que caiu da mudança. 

Mas, acreditem, não se entregou. 

A fidelidade nunca esteve em seus planos. E o que não estava também em seu caminho era a necessidade de procurar um “doutor” (este é o conselho) nessas coisas de homem. Porque o que aconteceu, a bem da verdade, foi que virou as “cangaias”. E, se assim continuar, trocado por merda será caro. 

Que inutilidade! 

Minhas caras namoradas, neste Dia Especial, não caiam nessa esparrela. 

O Juvêncio não foi fiel coisa nenhuma. 

O cuera foi mesmo incapaz. 

E estamos conversados. 









Agora, o amor ultrapassa essas limitações. 

Meus cumprimentos a tantos casais, de menos e mais idade, que, de mãos dadas, vão rompendo novos amanheceres, carregando a semente da união que os faz fortes e um pouco mais sábios a cada dia. 


Feliz Dia dos Namorados!





Falando de Amor – Tom Jobim


Minha Namorada –Miucha




Amor I Love You - Marisa Monte
















domingo, 13 de maio de 2012











QUE PODER! 

Um olhar brilhante e a confirmação do desejo acalentado. A expectativa e os cuidados que se seguem. As forças sacadas das entranhas e a lágrima que escorre, cheia de amor e já plena de afeto. Isso se chama poder. E que poder! 

Esse é o poder verdadeiro. Aquele que gera, alimenta, cuida, protege, cria, educa, brinca, orienta, acompanha, abriga e mantém. Aquele que não adormece, quando se faz necessário. Aquele que ama, tolera e é, por vezes, indulgente, quando assim avalia ser possível. 

Não se enganem porque também é um poder que cobra, que adverte, que pune, embora alicerçado no amor pela cria. 

Sim, porque, no início, éramos mais crias a correr pelas hordas nômades. A evolução do Homem, porém, estabeleceu à mulher um papel agregador e cuidador, como características predominantes. Somaram-se a essas a sensibilidade, a emoção, a intuição, a cooperação e a solidariedade. 

Saliente-se que esses valores pertencem a ambos os gêneros. Porém, coube a elas, por fatores históricos, serem aqueles seres que, por gênese e por circunstâncias, apresentaram esses elementos mais visíveis e atuantes. 

A partir do surgimento da propriedade e do Estado, esses princípios começam a perder relevância, dando lugar à necessidade de força física para garantir espaço. E a transformação vai-se impondo e os princípios que passam a reger as sociedades já são de caráter mais masculino. Os mais fortes lutando pelo espaço conquistado e abrindo possibilidade para as primeiras lutas entre os humanos: as guerras pelo poder de mando e de exploração dos mais fracos. 

Nesse sentido, a mulher foi perdendo espaço na sociedade como elemento atuante, agregador e de possível cooperação, visando a um fraterno convívio dos seus com os outros. 

Aqui, porém, não interessa a caminhada da mulher. O que nos move é a caminhada da mulher/mãe. 

Essa é a mesma desde os seus primórdios, pelo menos no que diz respeito ao amor, ao cuidado, ao aconchego junto a si, à proteção do ser oriundo das suas entranhas. 

A História recente, e a não tão recente, tem nos mostrado exemplos de mães obstinadas, que jamais se esquecem de seus filhos. Continuam elas a buscar o destino final daqueles filhos que se foram de maneira inexplicável. Aqueles que sumiram. Também jazem aos pés deles, quando nada mais há a fazer. Continuam alimentando-os, quando nada mais há a oferecer. Continuam doando-se, quando ainda há uma possibilidade de mantê-lo vivo. Ou quando, por fim, sucumbem junto, diante da estupidez de qualquer guerra, sob qualquer fundamento. 


Uma exortação às mães, para que se mantenham poderosas no ato de gerar e firmes nos seus princípios e valores, pois serão eles, somente eles, os únicos capazes de reconquistar para a Humanidade a capacidade de indignação e de uma consequente mudança de rumo. Princípios esses que, alicerçados no AMOR, poderão nos tirar do abismo em que estamos metidos.


Parabéns a todas as mães nesse Dia Especial. 









P.S.: 

Pena que, por vezes, esses princípios todos não são suficientes para estancar, nas crias, uma caudalosa cachoeira de malfeitos. E o poder, daí, passa a ser outro. 

Pobres mães!







Miséria na África

Crônica “Um Amor Ilimitado” do Dr. José Camargo. Fonte:Zero Hora de 12 de maio de 2012









domingo, 29 de abril de 2012












UM OLHAR ATENTO, UMA REFLEXÃO E...
UM SONO PERDIDO.

O passo lento, vagaroso, cauteloso, silencioso, como quem está a estudar o terreno, revela a suavidade das passadas e o perfil matreiro daquele visitante. Não está ali por acaso. Ou estará? É o seu habitat? De certa forma, sim.

A muitos quilômetros dali, passadas de várias toneladas sucumbem na sua terra de origem, para diversão de quem ainda detém resquícios de colonizador. A imagem do troféu, ajoelhado junto à árvore, escancara a desproporção entre a caça e o caçador. Não apenas no tamanho de um e outro, mas na astúcia e na perícia de um deles. Resta apenas o silêncio. Cessaram os bramidos do elefante. Ele não está ali por acaso. Ali é sua morada desde sempre.

Já, em outra cena, em pleno gramado, o grito da sentinela dos pampas evoca a altivez do dono dessas paragens. Vez por outra, em pleno jogo de futebol, aparece ele, altaneiro, lembrando quem é o dono desses campos.


Que tristeza é conviver ainda com esse tipo de colonizador. Embora alardeando ser apoiador de causas ambientais, lá está, constantemente, dizimando diretamente os animais e, indiretamente, explorando as riquezas naturais da antiga colônia. E isso se refere a todos os colonizadores que pisaram no Continente Africano.

Pois a onça parda, por puro descuido, deu um passeio além dos seus limites. Porque aquele território, também, foi todo seu. Ao que se sabe ninguém se diverte, por aqui, abatendo onças pardas. E um passeio por aquelas cercanias deve servir apenas de inspiração aos senhores ministros, para que observem, no comportamento de inúmeros réus, o mesmo ar felino e sorrateiro. Seres de “costas quentes”, que vicejam na maracutaia, que “nem estão aí” e, por isso mesmo, devem ser julgados e condenados.

Agora, o nosso quero-quero, esse, sem sombra de dúvida, é um símbolo e, como tal, não se afasta nem de um campo de futebol. De vez em quando, grita, altaneiro, firmando território, protegendo suas crias e o seu chão, arauto que é da liberdade do próprio campo.

Quando se aventura, porém, fora do seu território nativo, pode dar-se muito mal. Facilmente torna-se um prato especial para um predador maior. Mas não é o que tem acontecido quando tais aves adentram o espaço aéreo, próximo ao nosso aeroporto.

Quem surge então? O homem que adestra falcões e gaviões. Tais predadores capturam os pássaros menores e os levam até o treinador. Esse, então, substituirá o pássaro apreendido por uma suculenta isca de codorna. Essas aves receberão, então, cuidados veterinários e anilhas para serem, posteriormente, levadas à Ilha do Avestruz, em Camaquã.

Caçar nossos quero-queros? Ninguém ouse.

Diversão faz-se de outra forma.

Essa atenção com os animais faz lembrar-me dos pinguins-de-magalhães que, em 2008, foram dar uma esticada até o Nordeste e por lá se perderam. A propósito, a crônica O RETORNO DOS DESGARRADOS, publicada em 06/10/2008, já mostrava o cuidado com os animais, o que é muito louvável e necessário ao equilíbrio do Planeta. Naquele episódio, depois de resgatados, foram trazidos à cidade de Rio Grande, mais precisamente ao Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM), de onde, após descanso, alimentação e demais cuidados, foram levados ao seu habitat. Lá, certamente, foram bem acolhidos pelos da sua espécie.

Que invejável tratamento tiveram aqueles pinguins!

Outro dia, almoçando em um pequeno restaurante do bairro, adentra, sem ninguém perceber, um cachorro de porte pequeno. Assustado que estava não conseguiu ser retirado do estabelecimento. Após muitas tentativas, uma funcionária pegou o animal no colo e o carregou para fora do restaurante. Já na calçada, uma jovem senhora, que passava pelo local, sabendo do ocorrido e da situação de stress porque passava o animal, que parecia ter-se perdido do dono e quase sido atropelado, tratou de levá-lo a uma clínica veterinária para que o mesmo fosse avaliado. Com certeza, deve a benfeitora ter pagado algum valor para deixar o animal lá, que recebeu, provavelmente, atendimento médico-veterinário.

Agora, ao ver um jovem, de aproximadamente treze anos, encolhido junto a um canto de uma esquina do meu bairro, sendo quase pisoteado pelos passantes, juro que perco o sono.

Comemoremos, por ora, a possibilidade de mantermos espaços, ainda nativos, para nossas espécies animais.

Com relação aos elefantes, parece que aquele lugar não lhes pertence mais.

Quanto a nós, deitemos um olhar mais humano sobre o irmão e busquemos, junto aos da nossa espécie, uma solução, um encaminhamento para tão grave situação.

Afinal, esse lugar ainda pertence a TODOS nós.

Ou será que não?






Onça parda no estacionamento do Superior Tribunal de Justiça



Fonte: Jornal Zero Hora do dia 18 de abril de 2012


Natureza, reflexão, pássaros, animais, vida!

Relação Homem-Natureza (Reflexão)







sábado, 7 de abril de 2012













AO MESTRE DAS CURVAS, NOSSOS CUMPRIMENTOS!
                                AO “OUTRO”, NOSSA REPULSA!


Que arrojada arquitetura! Um verdadeiro mestre a projetou!

Como dois seios, duas semiesferas, colocadas lado a lado, em posições inversas uma da outra, uma convexa e outra côncava, dão uma visão de acolhimento.

Uma, à semelhança de um ninho, abriga um expressivo número de representantes do nosso povo. A outra, menor, mas não menos importante, protegida pela sua característica convexa, abriga um menor número de indivíduos que, lá estão, graças também ao nosso voto. Nessas duas Casas, estão abrigadas todas as espécies de garantias, imunidades, privilégios: um verdadeiro ninho protetor.

O que acontece no interior dessas fortalezas do poder? Sequer podemos imaginar.

Quando, porém, vem a lume algum malfeito, vê-se quão inimaginável é a verdadeira realidade, quão vergonhosos são os meandros do poder.

Sim, porque, onde há poder, há possibilidade de transgressão por seus integrantes da ética, da moral e de outros pilares em que se deve assentar uma sociedade justa, equânime e solidária.
Agora, quando a possibilidade torna-se uma prática constante, cotidiana, isso depõe contra toda a Instituição. E isso é gravíssimo. E mais grave ainda se torna quando tais comportamentos perpassam todos os escalões dessa sociedade.

Pergunta-se:

Como ficam os “modelos”, aí presentes, aos olhos dos mais jovens?

Como ficam os verdadeiros mestres diante “do mestre” em maracutaias?

Quando os exemplos de retidão, de honestidade, de integridade encontram-se diminuídos e definhando a cada dia, o que resta? Um salve-se quem puder? Será essa a receita?

Quando escândalos acontecem, nessa proporção, são como bombas de efeito devastador e que deixam à mostra o pedaço mais torpe, o lado escuro do ser humano, aquele que deve ser abortado por nós.

Que nessa Páscoa, termo que em hebraico (Pessach) quer dizer passagem, possamos ultrapassar o desencanto e a descrença nas Instituições.

Que mantenhamos acesa a esperança por dias melhores e a expectativa do surgimento de lideranças probas, capazes de dar bons exemplos às novas gerações.

Que renasçamos, num futuro, como uma sociedade de indivíduos dignos de representá-la. E que, sobretudo, percamos o hábito do famoso “jeitinho brasileiro”.


Aliás, o Coelhinho da Páscoa assim se manifestou, cantando, quando perguntado:








Só de Sacanagem/Brasil Corrupção – Ana Carolina – Ao vivo



















segunda-feira, 26 de março de 2012










TEU SORRISO
À minha cidade!
Uma homenagem nesse aniversário de 240 anos


Há muito tempo atrás, cheguei. Tu, aqui, já te encontravas. Com o tempo, teu espaço tornou-se meu mundo, meu porto seguro. 

Na Avenida América, dei meus primeiros passos. Na esquina com a Nova York, busquei meus primeiros docinhos na venda que ainda está lá.

De lá saltei para aquela rua chamada Das Caravelas. E tal qual um navio que singra o desconhecido, um dia, saí para o mundo. Que belo lugar fui escolher! O bairro dos meus amores é abençoado até no nome. Traz a pureza de um menino e o Nosso Senhor por guia. Ele é o Bairro Menino Deus. Poder acompanhar o florescer dos jacarandás e dos ipês é acompanhar a própria renovação que se processa na alma a cada nova estação que desponta.

Embora com tanta beleza, não dispenso uma caminhada até o Parque da Redenção, parque da minha infância, da minha juventude e de hoje. Aos sábados e domingos, lá estou. O verde, que entra pelas retinas, traz paz e o que divido com os amigos, chimarreando uma erva boa, reconforta o coração. Vez por outra, pouso o olhar naquele espelho d’água, que é pura poesia. Suspendo o pensamento com a pergunta:

- Espelho, espelho meu! Quem é mais linda do que eu? Reconheço que minha cidade é mais linda e continua, também, alegre. Nesse Porto dos Casais, teu pôr de sol me fascina. Foi aqui, nesse Porto Alegre, que meus sonhos atracaram e que fiz morada desde quando ao mundo cheguei. Por último, só te peço:

- Congela esse teu sorriso, que é tudo pra mim!





Kleiton e Kledir – Deu Pra Ti

Porto Alegre - por portoimagem

Breve História das Capitais Brasileiras





segunda-feira, 5 de março de 2012












POR QUE NÃO UM CONTRAPISO?

José, um conhecido pedreiro do bairro, sempre alertava para a importância de um contrapiso. Lembro dele dizendo que, numa obra, qualquer que fosse, o contrapiso era de grande importância. Ainda mais nos últimos tempos em que aparecera o porcelanato, revestimento que exigia que o tal contrapiso de concreto, no caso, estivesse dimensionado para as cargas a suportar. E, ainda mais, com alguns tipos de porcelanato  exigia-se a aplicação do contrapiso e a espera por 28 dias de cura. E também, se possível, do aguardo de seis meses para a execução do concreto.

Quer dizer, um negócio bem planejado e relativamente demorado. Isso tudo para construções novas.

Por outro lado, em edificações antigas, o trabalho era ainda mais cuidadoso. Havendo alguma imperfeição no contrapiso, seria necessário demolir, refazer e curar novamente, aguardando-se um tempo razoável para o efetivo assentamento do porcelanato.

E continuava ele acrescentando detalhes sobre a maneira correta de construir um contrapiso, descendo a minúcias. Um trabalho a ser feito por quem entende do riscado. Somente após este trabalho preparatório, com uma base bem feita, é que o piso poderia ser assentado, finalmente.

Vejam, então, a importância de um contrapiso.

É verdade! Tudo na vida mede-se pela base em que as coisas ou as pessoas se assentam. Uma base sólida é fundamental. Fica-se pensando nas crianças e jovens que necessitam desse lastro para se desenvolverem bem. A partir do instante em que necessitarem de uma educação formal, surgirá a figura de um educador. As séries iniciais são de uma importância inquestionável. Seus artífices estarão construindo um contrapiso para o que vier, posteriormente, a se assentar. E o que vem após?

A sedimentação, dia a dia, mês a mês, ano a ano, do que for sendo apre(e)ndido, compartilhado com o grupo e experienciado, individual e coletivamente. E, novamente, a figura do educador dessa nova etapa será de fundamental relevância.

Então, um piso sobreposto a um contrapiso, ambos capazes de transformar um jovem em um adulto/cidadão, útil a si e à sociedade, digno representante da raça humana.

Fica-se, então, a perguntar:

-Que piso é este?

-Por que não transformá-lo em um contrapiso?

Da seguinte forma: Para as séries iniciais o tal valor. Para as demais um piso digno, numa proporção compatível com a titulação do educador. Nesse caso, não falemos de valor porque, com certeza, ainda estará abaixo do salário inicial de outros profissionais, com títulos de doutores.

Então, tomemos como contrapiso o ofertado, porque é o mínimo que um profissional de Nível Médio deveria receber por ser um educador.

Agora, avaliemos o Edital nº 001/2012 da Empresa Pública de Transporte e Circulação, do Município de Porto Alegre, onde os cargos de nível Fundamental e Médio têm como salário inicial os valores constantes do edital abaixo transcrito, em parte.

Pois é!

O edital é justo, correto, digno.

Quanto à situação dos professores: é injusta, incorreta, indigna.

Sem entrar em detalhes, e sem discorrer sobre os dispositivos constitucionais que tratam da matéria no que diz respeito aos recursos destinados à Educação, bem como os percentuais estabelecidos nos orçamentos dos entes federados, o próprio Supremo Tribunal Federal já determinou o que deve ser feito.

O que mais cabe?

Manter a esperança, a fé em Deus e, sobretudo, continuar firme em busca do sonho acalentado de ver-se reconhecido e dignamente remunerado pelo relevante serviço prestado à sociedade.

E tentar passar isso aos jovens, que estão a assistir tal vilipêndio, tal ignomínia. Eles que não almejarão dedicar-se ao ensino. Eles que, com certeza, não serão futuros professores.

Quem restará para essa tão nobre tarefa?








Em tempo:

Bah! Lembrei que...
Hoje em dia, uma parcela expressiva de professores do Ensino Fundamental tem Especialização e até Mestrado.
Merecerão este contrapiso vergonhoso?
A peleia é por um piso digno.
Afinal, muitos já são titulados desde a sua atuação no contrapiso das primeiras letras.










Letra da música: Luz e Vida –  Chimarruts 




Leia, também, trechos (Capítulo 5) do livro de Augusto Cury, NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS.










terça-feira, 21 de fevereiro de 2012










PALMAS AOS DESTAQUES!
             UM VIVA A TODOS NÓS, BRASILEIROS!


Com os pezinhos suspensos no ar, de frente para o mar, a imagem da emoção desafiando a força das águas. A desproporção é para quem vê a imagem por inteira, não para quem está a pular. É uma bela imagem.

Não tão bela é aquela outra de um cidadão, em destaque, de meia-idade, empunhando um guarda-chuva, em atitude de desafio ao pelotão formado em defesa... Do que mesmo?


Fonte: Jornal Zero Hora - 10/02/2012
Fonte: Jornal Zero Hora - 13/02/2012



Belíssima é a imagem de um jovem de 20 anos, Davi Junior dos Santos Pereira, servente de uma empresa terceirizada pela Infraero, que, ao encontrar uma nécessaire no chão do aeroporto, levou-a para a central de achados e perdidos. Por não abri-la, nem sabia o que continha. Pois lá estavam R$ 24.000,00. A sua declaração à repórter dá conta da importância da educação adquirida em casa, com os pais. Assim expressou-se:


-“Se tivesse oportunidade, faria tudo de novo. Não era meu. Cresci com esse ensinamento do meu pai.”

Esclareça-se que o pai de Davi, e de mais oito filhos, morador do bairro Mathias Velho, em Canoas, é vendedor de picolé em Porto Alegre.

Que grande desafio seria esse para qualquer jovem que não tivesse bem plantada a semente da honestidade, da retidão de caráter, da noção do que não é seu.

E que outro grande desafio enfrentam os jovens músicos, todos com idade entre onze e dezoito anos, que compõem a Camerata Ivoti, formada por 24 músicos do Instituto de Educação Ivoti. Suas apresentações na Europa, já pela quarta vez, têm surpreendido por uma sempre impecável escolha do repertório e excelência na execução das obras. Tudo adquirido através de uma educação de qualidade.

Agora, e quem leva, este ano, o Estandarte de Ouro?

Será este um desafio menor?

Quem consegue, por quatro dias, deixar-se embalar pela ilusão, pela criação, pelo desfile de cenários e roupas, construídos, por vezes, com dificuldade, pelo molejo das ancas, pelo samba dançado ao som de uma bateria competente?

Quem consegue manter em alta essa espírito carnavalesco que só por aqui existe? Somente um povo extremamente alegre, sonhador, otimista. Mas um autêntico lutador nos demais restantes dias do ano.

O desafio maior é manter-se assim... Assim como?

Assim como só um brasileiro sabe ser...

Um ser abençoado, um apaixonado pela vida. Alguém que mereceria bem mais do que tem.

Aliás, a 1ª escola de samba da nossa Capital, fundada em 1939, ainda sem a disposição em alas, chamava-se “Loucos de Alegria”.

Afinal, a alegria é o combustível da brincadeira e faz parte do nosso eu criança. Que assim se deve manter durante o Carnaval e após ele. Pois, nada melhor do que cultivarmos esse lado para enfrentarmos os outros dias do ano.

Então, que se mantenha a alegria, um desafio e tanto, e que se cobre dos poderes constituídos a retidão dos caminhos a percorrer pela nação brasileira.

Porque não só de circo vive o homem...





Em tempo:
Um brinde com o excelente vinho da serra gaúcha ao Estado Maior da Restinga, bicampeã do Carnaval de Porto Alegre, com o samba-enredo:
*Da mitologia à realidade, a Tinga de Taça na Mão! Vinhos do Brasil, sinônimo de qualidade, saúde, prazer e prosperidade.
Refrão do samba:
*Faz bem pra alma e pro coração. Deixa o meu samba te embriagar. Um sentimento sem moderação. Eu sou Restinga.





Reportagens:


Fonte: Jornal Zero Hora - 12/02/2012
Fonte: Jornal Zero Hora - 13/02/2012





Notícia:







Vídeos:



Gravações do samba-enredo – Carnaval 2012 – TV Restinga na WEB 

Camerata Ivoti em Koblenz – Concerto para 2 violinos e Orquestra – 1º Movimento – Johann Sebastian Bach

Camerata Ivoti em St. Wendel – Milonga para as Missões 

Camerata Ivoti em Genebra (Suíça) em 05/02/08 – Suíte Antiga – 1º Movimento – Minueto - Alberto Nepomuceno

Sonata para Cordas – 4º Movimento – O Burrico de Pau – Antonio Carlos Gomes 

Camerata Ivoti na Europa – Programa Bom Dia Rio Grande - de 09/02/12

Nem só de circo (diversão, futebol, etc) vive o homem